capa: Fábio Miguez
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EDITORIAL | | TEXTOS | A afirmação da pulsão de morte por Freud embaralha novamente as cartas da psicanálise. Medir a extensão desta recolocação não é tarefa fácil. A reflexão sobre o trabalho analítico com integrantes de gerações posteriores à Segunda Guerra revela que com eles se passam fenômenos psicodinâmicos específicos. O ódio é, originalmente, expressão da hostilidade do eu contra o outro ameaçador. A relação primeira será pois uma relação de ódio e não de amor. É mais difícil avaliar os impactos produzidos na psicanálise pelas transformações sociais, econômicas, políticas e científicas do que sua contribuição para a cultura. Freud tende a admitir que de nada vale tentar eliminar as tendências agressivas dos homens, mas é possível tentar desviá-las para outras formas de expressão que não a guerra. A psicanálise do discurso sagrado trata de possibilitar que aquilo que se repete perca sua univocidade, abrindo para o sujeito um resquício de opção. Os dados sobre a propagação da Aids vem expressar conflitos psíquicos e sociais que há muito tempo nossa civilização tem precisado escamotear. | |
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ENTREVISTA | | LEITURAS | Resenha de "Filosofia da psicanálise - Bento Prado Jr." - Organizadores: Luiz Roberto Monzai e Osmyr Faria Gabbi Jr. Editora Brasiliense. 200 páginas. Resenha de "A Dialética Freudiana I: Prática do Método Psicanalítico" . Claude Le Guen, Editora Escuta, São Paulo, Fevereiro de 1991. 296 páginas. | |
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