capa: Carlito Carvalhosa
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EDITORIAL | | TEXTOS | Tendo resgatado na obra de Freud a noção de instinto, o autor retoma aqui os "Três Ensaios", aprofundando sua reflexão sobre esta dimensão da vida humana, na qual corpo e alma se vinculam de modo tão singular. Na atividade grupal com usuários do serviço psiquiátrico, assim como nos ritos religiosos dos Yorùbá, o encontro de vários caminhos estabelece uma junção entre a vida e a morte, e traz, para corpos em sofrimento, possibilidades de agir. Uma reflexão acerca da natureza da interpretação, entrelaçando recordação, processo analítico e trabalho de escrita, a partir de um conto de Guimarães Rosa, e da carta de Freud a Romain Rolland. Freud não é um romântico: não compartilha das aspirações harmonizadoras e totalizantes do Romantismo. Mas, através do tema da morte, podemos abordar as complexas relações que o unem a este movimento. A teoria psicanalítica pode funcionar como obstáculo à escuta, especialmente quando esta acolhe, sem se dar conta disso, algumas idéias sobre a subjetividade cuja origem deve ser buscada no Romantismo. O processo de sublimação se dá através da conjugação de duas dimensões da linguagem: o sentido - trânsito perpétuo - e a significação - forma estruturada. Este artigo parte da diferença e da articulação entre elas. Se a Viena de Freud teve como subproduto clínico a histeria, quais seriam as implicações entre a cultura contemporânea e as manifestações psicopatológicas que inquietam a todos, e sobretudo aos analistas em seus consultórios? A dor é consequência de uma articulação entre violência - da pulsão, do ambiente e do objeto - e os dispositivos de contenção do ser dos inícios. Assim, se instauram o corpo e a esfera psíquica do humano. Psicanálise, literatura e feminino são os três vértices a partir dos quais aqui se discutem diferentes leituras da psicanálise, enfocando movimentos de exclusão e inclusão das mulheres e dos poetas em Hesíodo, Platão e Freud. A noção de "reconhecimento trágico" pode designar um processo que resulta do trabalho da análise, e ao mesmo tempo produzir determinados efeitos neste trabalho - em especial favorecer a mudança. "Édipo Rei", "Édipo em Colona" e "Antígona" ilustram as vertentes ptolomaicas e copernicanas da teoria freudiana, e os desdobramentos desta última no estudo da família e dos grupos institucionais. A crítica ao caráter binarista imposto pelo estruturalismo à compreensão dos fenômenos psicóticos, bem como à separação demasiado taxativa entre "real" e "sexual", conduz os seus próprios seguidores a revisar a abordagem de Lacan. | |
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ENTREVISTA | | DEBATE | | LEITURAS | Resenha de "Anomia" - Marilucia Melo de Alencar. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2001. 110 p. Resenha de "Estados-da-alma da psicanálise - o impossível para além da soberana crueldade" - Jacques Derrida. São Paulo, Escuta, 2001. 104 p. Resenha de "Estratégias de investigação em Psicanálise: desconstrução e reconstrução de conhecimento" - Marion Minerbo. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000. 172 p. Resenha de "Elas não sabem o que dizem - Virginia Woolf, as mulheres e a psicanálise" - Maud Mannoni. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1999. 126 p. Resenha de "Função fraterna" - Maria Rita Kehl (org.). Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2000. 244 p. Resenha de "A figura na clínica psicanalítica" - Eliana Borges Pereira Leite. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2001. 211 p. Resenha de "Freud e a judeidade - a vocação do exílio" - Betty B. Fuks. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000. 217 p. Resenha de "Palavras para nascer: a escuta psicanalítica na maternidade" - Myriam Szejer. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1999. 219 p. Resenha de "Psicanálise, Cinema e Estéticas de subjetivação" - Giovanna Bartucci (org.). Rio de Janeiro, Imago, 2000. 263 p. | |
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