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41
Presença do psicanalista
ano XXI - dezembro de 2008
160 páginas
capa: Renina Katz
  
 

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Resumo
Nos anos oitenta, quando de sua estada no Brasil, Bion iniciou uma de suas conferências dizendo: "estou muito curioso sobre o que direi a vocês hoje à noite ...". O Conselho Editorial de Percurso vive essa mescla de curiosidade e angústia a cada seis meses: os textos que comporão o novo número, incógnitas prenhes de possibilidades. À medida que os artigos vão chegando,a nova edição começa a se esboçar e um novo território vai se delineando. ...


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 EDITORIAL

Editorial

Letter from the editors

Nos anos oitenta, quando de sua estada no Brasil, Bion iniciou uma de suas conferências dizendo: "estou muito curioso sobre o que direi a vocês hoje à noite ...". O Conselho Editorial de Percurso vive essa mescla de curiosidade e angústia a cada seis meses: os textos que comporão o novo número, incógnitas prenhes de possibilidades. À medida que os artigos vão chegando,a nova edição começa a se esboçar e um novo território vai se delineando.

Se entendermos a comunicação como a transmissão de qualquer influência de uma parte de um sistema para outra de modo a produzir mudança, podemos conceber o Conselho como partedo processo que se estabelece entre os autores, resenhadores, entrevistados e os leitores.

Parte desta cadeia, deixamo-nos permear, nos identificamos, vivemos de maneira subjetiva e profunda a chegada de cada escrito com os olhos voltados parao elo final. Assim como uma análise é movida por uma escuta oblíqua, direcionada pela associação livre e pela atenção flutuante - uma arte poética - a escolha de um texto é uma forma de construir uma nova criação.

Mais do que serem selecionados e aprovados, os textos passam por essa leitura flutuante, habitam em cada um de nós uma transferência (melhorou?), esboçam um diálogo uns com os outros, amoldam-se e adquirem umsentido em seu conjunto, apenas no après-coup. É por este motivo que o Conselho Editorial do número anterior não é o deste e este não será o do próximo. (será que esta frase não fica melhor terminando este parágrafo?)

Multifacetada, a presente edição abrange uma gama de temas: fala-nos da constituição do psiquismo pelo viés do olhar fundante que constitui uma intimidade neurótica ou perversa. No âmbito da prática clinica um autor propõe uma articulação conceitual da abstinência, para além da mera recomendação aos médicos.

Com depoimentos de Sophia de Mello Breyner, confirma-se que os poetas acessam a polifonia anímica melhor e de maneira mais contundente que os sistemas de explicações coerentes. Crianças e família, terrenos férteis para o cenário de nossos dias, são temas que comparecem em dois textos que questionam os novos arranjos familiares à luz de sua história e das mudanças sócio-culturais, bem como a suposta hiper-atividade das crianças, silenciada à base de medicações. A neurose obsessiva, por sua vez, revisitada à luz das falhas ambientais, desmente a afirmação do próprio Winnicott de que pouco ou nada havia contribuído para a abordagem teórica e técnica dessas neuroses.

Por fim, textos sobre o tema da Formação alertam para o risco de se produzirem psicanalistas normotizados ou alienados pela identificação com o seu próprio analista.

Na Psicanálise, a história da descoberta do Inconsciente e do desenvolvimento da sua teoria é um caminho a ser refeito por cada novo analista,idéia que nos é carae que alinhava resenhas, textos e entrevista.Essa estreita coerência entre teoria e a prática é o que procuramos manter na feitura de cada numero.

Boa Leitura!


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Percurso é uma revista semestral de psicanálise, editada em São Paulo pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae desde 1988.
 
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