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TÍTULO DE ARTIGO


 

AUTOR


ÍNDICE TEMÁTICO 
43
Acasos
ano XXII - dezembro de 2009
200 páginas
capa: Miriam Nigri Schreier
  



Miriam Nigri Schreier.
Evocações.
Técnica mista sobre tela, 90 x 70 cm, 2005.
www.miriamnigrischreier.art.br
capa: Miriam Nigri Schreier

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EDITORIAL  
No campo psicanalítico e em sua história, a religião figura sob os mais diversos aspectos. Sobre o monstruoso tema, é desnecessário utilizarmos apenas uma oposição acadêmica de tipo binário, psicanálise/religião, como diria o autor do texto aqui traduzido.
 
TEXTOS  
Esta conferência foi dada na Universidade Veiga de Almeida, a convite de Maria Anita Carneiro, Antonio Quinet e Carmem Rodrigues Tauch (novembro de 2006).
Examina as articulações entre a religião, a ciência e a psicanálise segundo três perspectivas: histórica, crítica - no sentido kantiano - e psicanalítica. Em um cenário contemporâneo no qual os discursos tecnocientíficos colonizama subjetividade e se manifesta o retorno do fundamentalismo religioso, qual o lugar possível para a Psicanálise? o autor considera que não se pode compreende-la sem a situar quanto à sua genealogia, pois, sem ser nem religião nem ciência, ela foi determinada por ambas.

É preciso identificar o que na Psicanálise se apresenta como retorno do religioso e do científico, para que a direção do tratamento seja a da emancipação do sujeito tanto em relação ao discurso da religião quanto ao discurso da ciência.
ABSTRACT
This lecture deals with the connections between religion, science and Pychoanalysis according to three viewpoints: historical, critical – in a Kantian sense – and psychoanalytical. In an era in which technoscientifi c ideology pervades subjectivity and when a return to religious fundamentalisms is under way, is there a place for Psychoanalysis? The author claims that the latter cannot be understood
without investigating its genealogy. For, although it is neither a science nor a religion, it was determined by both. Also, if we want treatments to go towards emancipation of the patient from both the discourses of science and of religion, it is necessary to detect whatever subsists of them in Psychoanalysis.
 
Este trabalho pretende relatar os fatos que marcaram a viagem de Freud aos Estados Unidos, assim como os que antecederam o convite de Stanley Hall, professor da Clarke University de Manchester, em Massachussets. Mostra, também, a importância da viagem para a difusão da ainda desconhecida psicanálise, para o estabelecimento de relações, futuros encontros, trocas e alianças. Evidencia que, de certa forma, as Cinco lições de psicanálise -- conferências que passaram desde então a ser traduzidas em diversos idiomas -- garantiram que os fundamentos da nova ciência fossem amplamente divulgados. Fala também das inquietações freudianas a respeito de como a psicanálise estaria sendo absorvida pelos americanos e dos desdobramentos nos Estados Unidos decorrentes da viagem.
ABSTRACT
This work’s main objective is to expose the facts that marked Freud’s voyage to the USA, even before Stanley Hall’s invitation, the professor from Clarke University in Manchester, Massachussets. Show its relevance for the diffusion of psychoanalysis, as a vector to the stablishment of relations, posterior meetings, exchanges and alliances related to it. And it points to the fact that, in a certain way, the Five Lessons of Psychoanalysis – the conferences that came to be translated to various languages – guaranteed that the foundation of the new science was extensively publicized. Also refer to the Freudian’s inquietudes about how psychoanalysis was absorbed by the Americans and its development in the USA caused by the voyage.
 
A clínica contemporânea traz, cada vez mais, demandas que ultrapassam o modelo de atendimento tradicional (individual, no divã, várias vezes por semana). Os desafios colocados pelo campo da saúde pública e pelas formas nas quais o sofrimento psíquico é experimentado atualmente nos faz perguntar como a Psicanálise pode participar criativamente da construção de um campo clínico e ético que leve em conta as atuais condições sociais, econômicas e políticas. Acreditamos que o trabalho com grupos pode constituir um exemplo da potência psicanalítica na sua articulação com a dimensão social da saúde.
ABSTRACT
Increasingly, modern clinic deals with demands that
go beyond traditional care (that is: individual, lying on the couch, several times a week). The challenges put forth by the public health fi eld and by the ways psychic suffering is experienced today make us ask ourselves how Psychoanalysis can creatively participate in building a clinical and ethical field that takes into account the current social, economic and political conditions. We believe that group work can
constitute an example of psychoanalytic potency in articulation with the social dimension of health.
 
Neste texto apresentamos como o Programa de Atendimento e Estudos de Somatização do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP/ HSP vem se estruturando para atender aos pacientes que apresentam fenômenos de somatização, a partir da teoria e técnica psicossomática psicanalítica. Descrevemos, como ilustração clínica, o processo de um grupo psicoterápico de pacientes somatizadores.
ABSTRACT
In this paper we describe how the “Programa de Atendimento e Estudos de Somatização” from Psychiatric Department of the UNIFESP HSP has been structured to attend patients who suffer from
somatization, using psychoanalytic theory and techniques. As a clinical illustration we present the psychotherapeutic process of a group of patients.
 
O artigo reflete sobre a vergonha e a culpa em relação aos ideais éticos e estéticos que condicionam o masoquismo na estrutura das fantasias. O sentimento inconsciente de vergonha, análogo à culpa, engendra o gozo estético que na relação sujeito-objeto ordena-se conforme as funções do bem e do belo. O fragmento de um caso clínico ilustra o papel da vergonha na relação do sujeito com os outros.
ABSTRACT
Shame and guilt are discussed in this paper, insofar as they are related to the aesthetic and ethic ideals that link masochism to some uncounscious fantasies. The unconscious feeling of shame,
analogous to its more known counterpart on the side of guilt, produces aesthetic jouissance, which is related to the concepts of “good” and of “beautiful”. A clinical fragment illustrates the role of shame in
the relationship between the subject and others.
 
No texto que se segue, proponho uma reflexão sobre a escrita nos blogues, sobretudo a das mulheres e dos adolescentes. Formulo algumas indagações sobre o que é um autor e questiono se haveria uma escrita feminina. O texto termina com uma proposição de profanação dos blogues.
ABSTRACT
In this text, I propose to refl ect about blog writing, especially by women and teenagers. Some questioning comes up about what an author is and if there is a feminine writing. The text closes with a
proposition about internet and blogs.
 
O presente artigo é um estudo sobre o capítulo "Infância" da autobiografia Memórias, sonhos, reflexões, de Carl Gustav Jung. Pretendemos elucidar o mito pessoal, de tipo profético, com o qual o psicólogo suíço representa a si mesmo ali, para então tentarmos articulá-lo com a postulação, por Jacques Lacan, de que o conceito junguiano de inconsciente coletivo é um synthoma, isto é, uma resposta, aqui de tipo teórico, e comparável à obra literária de James Joyce, a uma situação pessoal de extrema angústia ou mesmo de uma psicose latente.
ABSTRACT
This is a study about the chapter “First years” of Carl Gustav Jung’s autobiography Memory, dreams, refl ections. We intend to elucidate the personal myth, of a prophetic type, through which the Swiss psychologist represents himself, and to articulate it with Lacan’s view of Jung’s concept of collective unconscious as a synthom, i. e. answer. In this case it is of a theoretical type, comparable to James Joyce’s literary work, and was useful in a situation of extreme anxiety or even a latent psychosis Jung went through after his breaking off from Freud.
 
Este artigo é, de fato, a reunião de dois trabalhos apresentados no Colóquio "100 anos do Pequeno Hans", no Instituto Sedes Sapientiae. Ambos tratam do esquecimento da importância ou do pioneirismo dos autores, que abordam: o primeiro, a partir de Sobre os conflitos da alma infantil, de 1910, de Jung, o segundo, de Contribuição para o conhecimento da alma infantil, de 1912 de Sabina Spielrein. Estes foram os primeiros ensaios sobre o psiquismo e a sexualidade infantil depois do Pequeno Hans.
ABSTRACT
This paper results from the combination of two communications at the symposium A Hundred Years of Little Hans, in the Instituto Sedes Sapientiae (São Paulo). Both deal with the forgetting of pioneerism:
one taking as its objesct Jung’s 1910 essay “On the conflicts of the infantile soul”, the other focusing on Sabina Spielrein’s 1912 “Contributions to the knowledge of the soul of children”.
Those were the fi rst texts about psychoanalysis with children after Freud’s Little Hans.
 
Poderíamos, como psicanalistas, ouvir uma obra de arte sem considerá-la como mero suporte de fantasias inconscientes do autor? Esse trabalho propõe tomar a produção artística como revelação própria de cada artista acerca do humano, das alienações, angústias e excessos inominados de um tempo histórico. Além disso, destaca o enigma inerente ao fazer artístico em relação ao qual ao analista caberia mais aprender do que decifrar.
ABSTRACT
Could we, as psychoanalysts, listen to artistic productions without considering them as a mere support of the artist’s unconscious fantasies? This paper proposes taking artistic production as a genuine revelation of human aspects such as alienation, anguish and unnamed excesses of a historic time. Besides, it highlights the enigma inherent in artistic production from which psychoanalysts should try to learn, rather than trying to decipher it.
 
 


ENTREVISTA  
Por mais de trinta anos, Marta Gerez Ambertín, psicanalista argentina, rastreou de maneira exaustiva o conceito de supereu na teoria psicanalítica retomando os textos de Freud e Lacan para tentar desfazer os inúmeros mal-entendidos que surgiram nas leituras pós-freudianas.

Instância polêmica, assim ela nos apresenta o supereu: "não é individual nem social; não é interior nem exterior; não é própria nem alheia e, mais ainda, não é somente mera identificação ao pai, tampouco uma simples herdeira do complexo de Édipo. Nem materno nem paterno, nem feminino nem masculino, nem precoce nem maduro... seus enigmas invadem com interrogações a teoria e a clínica psicanalíticas."

Nos vários livros que escreveu, alguns já publicados em português - As vozes do supereu (Ed.de Cultura e EDUCS, 2003) e Imperativos do supereu - Testemunhos clínicos (Escuta, 2006) e nos inúmeros artigos escritos para revistas especializadas, na Argentina e no exterior, Marta Ambertín sustenta a correspondência entre supereu, masoquismo e pulsão de morte. Enfatiza a paradoxal formulação do supereu como herdeiro do Isso e do Complexo de Édipo e corrobora a sua implacável crueldade, como imperativo de gozo, avesso do desejo inconsciente.

A partir do referencial lacaniano, toma o supereu como ordenador para uma clínica diferencial da neurose, psicose e perversão e propõe algumas direções para o desenvolvimento da clínica analítica.

Suas formulações ao redor da problemática do super eu e da culpa lançam luz para se pensar questões ligadas à problemática da modernidade, assim como de fenômenos sociais que dizem respeito ao mal estar na cultura nos dias de hoje.

É em seu último livro publicado no Brasil, Entre dívidas e culpa: sacrifício (Cia de Freud, 2009) que explicita as duas vertentes do sacrifício: as que permitem o laço social, o encontro dos sujeitos, e aquelas que aniquilam, podendo levar, entre outros, ao assassinato ou ao suicídio. Nele, Marta Ambertín se indaga sobre o que a psicanálise tem a dizer sobre o fascínio que as práticas sacrificiais podem adquirir tanto no sujeito como nos grupos sociais e que contribuições pode trazer para a economia do sacrifício.

Conseqüente com suas investigações, Marta Ambertín, também há muitos anos, participa de pesquisas com sociólogos, advogados e psicanalistas, no Centro de Investigações Sociológicas da Faculdade de Direito da Universidade de Tucumán, pesquisas que abordam o entrecruzamento do discurso jurídico e o discurso psicanalítico para pensar o problema do crime, da culpa, da responsabilidade e os efeitos da sanção penal na subjetividade, assim como o lugar que cabe ao sujeito ator do delito. Trata-se de uma busca por ferramentas de abordagem para um possível campo de operação conjunta, que cada vez mais vem obtendo reconhecimento na área judicial.

Sua longa trajetória na psicanálise, marcada pela perseguição política nos tempos da ditadura militar Argentina, estende-se por diversos países passando pela França e alguns países na América Latina. Sua história com o Brasil, em particular, vem dos anos de 1990, quando foi convidada a ministrar cursos em diversas universidades, culminando com a realização de seu pós doc na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É integrante da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental e participa ativamente no intercambio de trabalhos envolvendo principalmente Brasil e Argentina.

Esta entrevista foi feita por escrito, em julho de 2009. Agradecemos a disponibilidade e gentileza com que Marta Ambertín respondeu a nossas perguntas, e esperamos que o leitor que já tenha tido a oportunidade de conhecer um pouco de seu pensamento, possa se atualizar sobre suas mais recentes produções e que aquele que toma contato pela primeira vez com suas idéias possa se interessar por sua instigante e genuína contribuição à transmissão da psicanálise.
 
DEBATE  
Em uma entrevista ao Caderno Cultura do jornal O Estado de São Paulo, em setembro último, Elizabeth Roudinesco foi categórica quanto ao pertencimento da psicanálise ao campo das ciências sociais, afirmando ser desnecessário seu diálogo com as neuroses. Para ela o cérebro e os neurônios podem precisar de psicofármacos, mas não de psicanálise, que será sempre a medicina da alma. Tomamos esta afirmação contida em um trecho de sua entrevista apenas como ilustração do terreno minado e controverso em que se constituem no último século as fronteiras entre os conhecimentos da Biologia e da Psicanálise. Desde que há duas ou três décadas as ciências do cérebro se agruparam sob o título de Neurociências, defendendo a importância da arquitetura e da materialidade cerebral e propondo uma busca mais sensível de suas possibilidades, puderam ser apontadas algumas conexões entre os resultados de suas pesquisas com evidencias já demonstradas pela psicanálise, uma delas a singularidade psíquica de cada indivíduo. Conceitos com a plasticidade (o cérebro não seria um órgão estático e sim evoluiria durante a vida, guardando as marcas das experiências vividas) e a epigênese (tudo o que não é determinado pela genética, isto é, que corresponde às modificações transmissíveis e reversíveis das expressões dos genes) revelam não só que a determinação genética não seria maior que a determinada ambiental ou psíquica, mas pedem uma articulação entre elas. Se pela genética não herdamos definições e sim disposições para cumprir funções segundo as exigências do meio ambiental que nos recebe, tal modelo etiológico passa a admitir a complexidade e as potencialidades além das causalidades, e a pensar a ação conjunta da herança genética e cultural, da situação singular, da história dos conflitos humanos, das condições histórico-sociais. Mas mesmo avançando sobre a idéia de um paralelismo, as colaborações entre esses dois campos apenas engatinham. Uma visada pelos textos produzidos recentemente por estudiosos de uma e de outra área mostra defensores e opositores de ambos os lados, e alguns que apostem que as duas impõem questões uma para a outra. As recentes contribuições sobre a maturação, o desenvolvimento e a plasticidade neuronal do cérebro poderiam ampliar o entendimento das peculiaridades e complexidades do psiquismo humano? As formas de teorizar e clinicar contidos no acervo da psicanálise ajudariam com seus modelos de pesquisas e interpretações sobre o funcionamento psíquico? Em julho deste ano realizou-se em Paris o I Seminário Internacional Transdisciplinar de Clínica e Pesquisa sobre o Bebê, que parece confirmar uma tendência na relativização de conceitos e verdades estabelecidas e um movimento que, em vez de privilegiar uma hegemonia de idéias ou de modelos, abre-se para explicações mais abrangentes, multidisciplinares e admite colaborações entre saberes antes considerados antagônicos. Um dos trabalhos, apresentado por uma psicanalista francesa, confirmou, via ecografia, que os batimentos cardíacos de bebês intrauterinos se intensificavam quando a mãe falava-lhes o ‘manhês’ comparado a duas outras interferências da voz materna (pensando nele e conversando com uma outra pessoa). Para além da construção de um campo ampliado que possa refletir sobre a constituição subjetiva do bebê e da parentalidade ou contribuir na edificação de uma rede de atendimento e cuidados da infância, haveria o fato inédito de profissionais de estas duas áreas ousarem romper certas barreiras dogmáticas.

A sessão Debates da Revista Percurso, no intuito de fazer ressoar tais diálogos e interrogações, convidou colegas de ambas as áreas para pensar e escrever a respeito.
 
LEITURAS  
Resenha de Decio Gurfinkel, Sonhar, dormir, psicanalisar: viagens ao informe, São Paulo, Escuta Fapesp, 2008, 336 p.
 
Resenha de Alain Finkielkraut e Paul Soriano, Internet, el éxtasis inquietante, Buenos Aires, Libros Del Zorzal, 2006, 96 p.
 
Resenha de Maria Rita Kehl, O tempo e o cão: a atualidade das depressões, São Paulo, Boitempo, 298 p.
 
Resenha de Luiz Meyer, Rumor na escuta, organização de Belinda Mandelbaum, São Paulo, Editora 34, 2008, 301 p.
 
Resenha de Nélson da Silva Junior, Linguagens e pensamento, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2007, 142 p.
 
Resenha de Daniel Kupermann, Presença sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica, Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 2008, 250 p.
 
Resenha de Luis Hornstein (org.), Projecto Terapêutico – De Piera Aulagnier al psicoanálisis actual, Buenos Aires, Paidos, 2008.
 
Resenha de Adela Stoppel de Gueller e Audrey Setton Lopes de Souza (orgs.), Psicanálise com crianças – perspectivas teórico -clínicas, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2008, 283 p.
 
Resenha de Silvia Alonso, Danielle Breyton e Helena M.F.M. Albuquerque (orgs.), Interlocuções sobre o feminino, São Paulo, Escuta/Instituto Sedes Sapientiae, 2008, 414 p.
 
Resenha de Adela Stoppel de Gueller e Maria do Carmo Vidigal Meyer Dittimar (orgs.), Psicanálise com crianças na contemporaneidade: extensão da clínica, Goiânia, Dimensão, 2007.
 
Resenha de Josette Monzani e Luiz R. Monzanni (orgs.), Olhar: Fabio Herrmann – uma viagem psicanalítica, São Paulo, Pedro e Paulo Editores, 2008, 376 p.
 
Resenha de Fundação das Obras de C. G. Jung (org.), A arte de C. G. Jung. Trad. Caio Liudvik. Petrópolis, Vozes, 2019, 273 p.
 
 
 

     
Percurso é uma revista semestral de psicanálise, editada em São Paulo pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae desde 1988.
 
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