Resumo
O presente artigo apresenta considerações sobre o tema do intraduzível a partir dos desenvolvimentos teóricos de Jean Laplanche, como aquilo que permanece no psiquismo sem tradução, impossibilitando a organização de um espaço que promova recomposições psíquicas e permita um ordenamento do psiquismo. Além disso, são apresentados desenvolvimentos teórico/clínicos de Silvia Bleichmar e Christophe Dejours, voltados para a intervenção em patologias não neuróticas, que demandam alterações da técnica clássica freudiana, para atender às especificidades dessas patologias.
Palavras-chave
Laplanche; Bleichmar; Dejours; intraduzível; patologias não neuróticas; arcaico.
Autor(es)
Kenia Ballvé Behr
é psicanalista, fundadora e docente da Constructo Instituição Psicanalítica, editora da
Constructo Revista de Psicanálise e fundadora do Grupo Jean Laplanche Brasil.
Beatriz Camargo dos Santos
é psicanalista, membro do corpo docente da Constructo Instituição Psicanalítica.
Mariana Lutz Biazi
é membro associado da Constructo Instituição Psicanalítica, membro da comissão editorial da
Constructo Revista de Psicanálise.
Clarissa Salle de Carvalho
é membro associado da Constructo Instituição Psicanalítica, membro da comissão editorial da
Constructo Revista de Psicanálise, graduada
summa cum laude em Ciências Humanas pelo Quincy College (USA).
Abstract
This article presents some remarks on the topic of the untranslatable departing from the theoretical developments of Jean Laplanche, as what remains in the psyche without translation, turning it impossible to organize a space that promotes psychic recompositions and allows an ordering of the psyche. Moreover it presents theoretical/clinical developments by Silvia Bleichmar and Christophe Dejours which aim at a clinical approach to non-neurotic pathologies that demand substantial changes in the classic Freudian technique so to meet the specificities of these pathologies.
Keywords
Laplanche; Bleichmar; Dejours; the untranslatable; non-neurotic pathologies; the archaic.